A tradição do linho, a tradição do amor em Amares
Começamos a nossa conversa ao início da tarde de uma segunda-feira, pra começar mesmo bem a semana e o mês de agosto. Fui a caminho de Amares, com uma orientação especial: “quando chegares ao pé do edifício da Câmara Municipal, siga em frente, menina Andrea, ligas-me que vou até à estrada encontrar consigo”. Esta disponibilidade, por si só, já tinha deixado o meu coração aos pulos.
Dona Sameiro Leão, uma das bordadeiras mais antigas da região, ou Dona Sameirinho, como é carinhosamente conhecida por muitos, estava mesmo à espera. Não só ela, como o seu esposo, o ´seu´ Manuel de tantos anos, de tanta vida juntos. Ela nos abriu a sua casa, a sua riquíssima coleção de “Lenços de Namorados do Minho”*, e, como numa antiga amizade, abriu também o seu coração.